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Fic: Madrugada.

17 de maio de 2015

casal

Não sonhou, Justin também não, já que nem dormiu direito tentando entender o que estava acontecendo. Ela estava ali, em seus braços, a respiração dela tinha toda a atenção dele e dormindo ela não parecia tão sexy, e sim delicada. Se pegou sorrindo ao imaginá-la na sua rotina. Um emprego bem dado, pensou. Já que ficar longe dela não lhe parecia mais viável.
Lembrou o que lhe levou a parecer uma criança, ligando para o trabalho dela, que agora estava em seus braços, dizendo que havia um problema no prédio… A falta. Não sabia se saudade era a palavra certa a se usar.
Justin sentiu certa abstinência do perfume daquela mulher, e sabia que não dormiria sem senti-lo. Agora, era o mesmo perfume que não o deixava dormir, sem falar na expressão serena que ela carregava. Como uma mulher podia ser tudo o que ela era? Preferiu não pensar muito, ainda sentia medo do que estava sentindo, a resposta podia ser avassaladora.
Amanheceu, Vanessa teve medo de acordar e ver que tudo o que sentiu foi um sonho bom, mas um corpo pálido, lívido, suspirou do seu lado, ainda dormindo. Sorriu e sem perceber, depositou um beijo em sua testa.
Vestiu um blusão que acabou por ficar como vestido. Lembrou-se do que tinha para o café da manhã: nada. Vestiu uma bermuda jeans, pegou o cartão de crédito e correu para a padaria. A segunda, não a primeira cheia de baratas. Correu de volta pro prédio, como se estivesse indo tirar o pai da forca. Na verdade ela ainda não havia acreditado no que passou, e não queria chegar em casa e ver que ele havia ido embora. Arrumou a mesa, passou um café e quando foi até o quarto, viu que ele não estava mais na cama.
– Justin? – Chamou e nada. Olhou em todos os cômodos, mas não o encontrou.
Havia um bilhete no espelho do banheiro com um batom:

Tive que ir. Fica calma, que te dou o dia de folga. Eu apareço, não se esqueça de mim.

Encarou a mensagem por tanto tempo, que acabou se distraindo. Releu e não sabia o que pensar, mas sabia que não apagaria aquele bilhete. Mesmo pensando em nada, mesmo havendo um buraco negro em sua mente, ela ainda pensava nele.

(Poison – 2010)

Gente linda, esse ano completa 5 anos que comecei a escrever fanfics, então resolvi trazer trechos de algumas das minhas histórias já escritas, toda semana. Já deixo avisado que todas são do Justin Bieber (hehe sim). Espero que gostem!

Beijinho, Thai.

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Fic: Purple Party!

30 de abril de 2015

purple

Quando cheguei da faculdade na sexta, havia um envelope roxo em meio as correspondências. Pela cor eu já podia julgar ser algo de Justin, e eu não me enganei. Ele era previsivelmente patético quando queria.
Era um convite para uma festa em seu apartamento, restrita, só entrava quem tinha o convite e open bar. Já imaginei gente se estapeando pra conseguir um convite.
Em primeiro plano cogitei não ir de maneira nenhuma. Primeiro por ser de Justin, segundo por não querer ficar bêbada perto dele, o que certamente aconteceria em uma festa open bar e em terceiro porque resolvi acabar logo com a arrumação do apartamento. Eu estava precisando relaxar, eu sei. Desde que tinha resolvido me mudar e depois a mudança e tudo mais, eu não sabia sabia o que era sair pra dançar, rir e beber.

Me deitei no sofá com Ziggy e fiquei fazendo, inconscientemente, um paralelo entre Chris e Justin. E quando dei por mim eu não sabia porque eu ainda insistia em pensar em alguma coisa que envolvesse Justin. Ele tinha todos os defeitos do mundo. Era prepotente, grosso, interesseiro, se achava superior, era ignorante, não tinha respeito por nada que não fosse dele. Seja seu carro, seu apartamento, sua coleção de tênis ou seu cabelo. Era fútil, burro, chato… Suspirei. Não adiantava nada ficar listando os defeitos de Justin na minha cabeça pra me fazer odiá-lo. Por mais que ele já tivesse me magoado profundamente e me feito sentir um ódio sem igual, o tempo fez com que tudo fosse amenizado. Tudo que eu sentia era apenas uma repulsa e um medo sem tamanho de ser machucada por ele de novo. Eu sabia que ele era capaz, sabia que ele não tinha escrúpulos e ainda assim ás vezes, sozinha, como eu me encontrava, as lembranças de uma passado bom vinha. Era só nostalgia, não saudade. Pelo menos eu não acreditava nisso.
Foi pensando na personalidade de Justin que minha ficha caiu. Chris iria tocar em uma festa em um apartamento perto da praia no mesmo dia da festa de Justin. Aquilo não podia ser apenas coincidência, não se tratando de Justin.
Dei um pulo do sofá ao chegar a essa conclusão. Peguei minha bolsa e iria sair pra pegar meu carro e fazer compras para ir a essa tal festa. Eu já podia sentir o cheiro de armação no ar, misturado a maresia.

Revirei meu closet atrás de algo roxo e além de uma capinha de Iphone, tinha uma clutch. Óbvio que eu tinha blusas, vestidos, saias e até uma calça nessa cor. Mas eu queria apenas algo para complementar o look que já estava montado. Eu estava pronta, enfim. Já era quase nove da noite e eu estava morta de fome. Se tudo desse errado, eu parava em algum sushi e estava tudo a salvo.
Antes de sair de casa, avistei a fitinha roxa que estava no pescoço de Ziggy quando ela chegou. A peguei.
O GPS me levou até um grande condomínio de frente pra praia. Apresentei meu convite na portaria e o acesso foi liberado. Peguei o elevador e mais três garotas também. Todas com seus acessórios e vestidos roxos. Eu estava me sentindo indo pra uma festa de ano novo perto delas. Décimo andar. Justin morava na cobertura. Um das garotas tocou a campainha e um garoto as inspecionou, olhou seus convites e lhe deram uma pulseira. Roxa, óbvio. Esperei que elas entrassem para eu me aproximar.
– Boa noite. – Lhe entreguei o convite.
– Você não leu no convite que o traje deveria ser roxo?
– Minha bolsa é roxa.
– Grande coisa! E fala sério… Isso aí é rosa.
– Você é daltônico ou burro? No convite diz algo roxo, não que eu precisaria mergulhar numa jarra de suco de uva.
– Muito engraçadinha.
– Chama o Justin, eu quero falar com ele. – Expirei.
– Justin não quer ser incomodado com penetras. – Arqueou a sobrancelha.
– Você não tá vendo meu convite? – Minha vez de arquear a sobrancelha. – Quer saber… Eu vou ligar pra ele e você vai se ferrar por ter me barrado.
– Espera. – Ele disse quando me viu falsamente discando para Justin. Eu nem tinha mais seu telefone. – Eu posso chamar a primeira dama pra você.
– Michelle Obama tá por aí?
– A namorada de Justin. – Franzi o cenho e com certeza fiz cara de nojo involuntariamente. Me deu até vontade de dizer “eles não são namorados”, e eu nem sabia por qual razão.
Quando eu ia falar alguma coisa, Justin apareceu na porta.
– Qual o problema Miles? – Justin tinha um ar despreocupado e um copo em mãos.
– O problema é que seu porteiro – O encarei, dando ênfase ao “porteiro”. – não queria me deixar entrar.
C’mon Julian, eu disse que era pra deixar a Miley entrar mesmo se ela estivesse de branco.
– Você disse verde.
– Shh, whatever. A questão é… Miley é minha convidada de honra.
Olhei pro tal de Julian com descaso, como se dissesse “querido, eu sou vip”, e enlacei meu braço no pescoço de Justin em um ato totalmente calculado pra ainda me manter no ar de ser super amiga, super íntima, vip.
– Você precisava vir de branco? – Indagou.
– Você precisava dar uma festa purple? Faça-me o favor, quem você pensa que é? Prince? – Franzi o cenho. – E tira a mão da minha bunda!

(California – 2012)

Gente linda, esse ano completa 5 anos que comecei a escrever fanfics, então resolvi trazer trechos de algumas das minhas histórias já escritas, toda semana. Já deixo avisado que todas são do Justin Bieber (hehe sim). Espero que gostem!

Thai.

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Fic: O Recomeço.

23 de abril de 2015

casal

Percebi que Justin ainda me aguentava, mesmo na subida, e não reclamava. Senti-me um estorvo, mas ao ouvi sua risada baixa, me distraí e quando dei por mim, estávamos no topo. Fui descer e acabei me enrolando e no descuido caí, fazendo minha saia se bagunçar. Fiquei sem jeito e me arrumei rápido.
– Ops. – Fiquei sentada no chão, ele logo se juntou a mim.
– Juro que não vi nada. – Colocou as mãos nos olhos, porém com os dedos abertos. Riu.
– Vou fingir que acredito. – Me encostei a uma árvore e ele se aproximou, escorando na mesma árvore. Encaramos Stratford por um tempo, ele se virou pra mim. Estava sério.
– Você não sabe quantas vezes eu repeti pro meu espelho que eu conseguia prosseguir sem você e você não sabe quantas vezes o próprio me dizia que eu estava mentindo. Foi uma luta contra mim mesmo todos esses meses que mais pareciam uma eternidade, dia após dia eu te esperei Nath, eu te esperei como uma criança órfã espera por pais em um orfanato… Eu me senti tão sozinho, tão infeliz. Eu rasquei todas as nossas fotos, todas as suas, eu joguei cada presente fora. Mas sabe o que isso adiantou? Nada. Só serviu pra que eu roubasse, covardemente, uma foto sua em um porta retrato na sua casa. Eu precisava de uma, eu precisava de verdade. Eu necessitava olhar pros seus olhos mesmo que fosse por uma foto, porque meu corpo estava em abstinência. Eu sofri com tanta intensidade que eu achei um dia que pode ter superado meu amor. Mas não Nath, meu amor era ainda maior. Eu sofria, sofria e sofria. Parecia que nunca iria passar e sinceramente não passou… Seus olhos estavam cheios e os meus já tinham transbordado.
– E todas as garotas que você…
– Todas elas não serviram pra absolutamente nada, assim como nada adiantou. Minha cabeça, meu corpo, meu coração só queriam você e só aceitavam você.
– Mas ontem, aquela garota…
– Eu não dormi com ela. – Abaixou a cabeça. – Eu tentei, só pra me vingar, mas eu não consegui… – Me olhou frustrado e então seus olhos também transbordaram. – Tudo em mim parece que te conhece a quilômetros de distância. Eu tentei ser um completo idiota e acho que consegui, ficando com tantas garotas, mas… Eu estou aqui pra te dizer que eu me rendo. Só Deus sabe o quanto eu quis que ele tirasse esse sentimento de dentro de mim, mas agora eu não aguento mais e te tendo aqui na cidade, eu sei que eu não aguentaria mesmo. Eu não resisto a você Nathalie Jordan, não resisto. – Seu rosto estava perto do meu, o toquei.
– Eu te amo. – Sussurrei.
– Você não tem noção do quanto eu preciso de você. – Sem mais palavras ele me beijou, calmo e intensamente.

Eu não calculei o tempo em que passei o beijando. Acho que horas não seriam muito consideradas muito tempo, já que a vontade que me consumia de beijá-lo não podia ser suprida apenas por horas, seriam necessários anos… Pra não dizer décadas.
Só sei que quando minha boca se afastou de vez da dele, vi todo o céu girar. Sim, eu estava realmente tonta e pela primeira vez não era ruim. Era como se eu estivesse lá, perto das estrelas, observando a terra girar devagar. Era assim que eu descreveria minha tontura, se alguém perguntasse.
Um abraço veio pra suprir o vazio que ficou depois do beijo. Ainda havia muita coisa a ser dita, segredos, fatos, sentimentos para ser expostos e claro, teríamos que ser sinceros um com o outro. Eu tinha medo de saber o tanto de garota que já havia o beijado como eu beijava, ou sentido seu abraço reconfortante assim como eu estava sentindo naquele momento.
– Eu esperei tanto por isso. Um momento só nosso. – Ele disse, acabando com o silêncio. Desvencilhei-me do abraço. Olhei em seus olhos. – Acho que não adiantaria, quantas bocas eu beijasse, o seu beijo é o que a minha boca sempre esperou e… – Suspirei. – Não é só isso. É você inteira.
– Meu coração aperta só em imaginar essas tais bocas. – Fiz cara de desgosto. – Imaginar quantas delas te beijou como eu acabei de beijar.
– Nenhuma. – Segurou meu rosto levemente com uma das mãos.
– Agora não adianta negar Jus, você já admitiu que… – Ele me cortou.
– Eu não beijei nenhuma da maneira que eu te beijei, porque o beijo de nenhuma delas se encaixa do jeito do nosso… Você é única Nath, entenda isso. – Sorri involuntariamente com sua explicação.
– Me perdoa por ser tão idiota e ter te deixado aqui? Eu juro, eu sinto muito.
– Eu estaria mentindo se eu dissesse que eu já te perdoei, mas isso é com certeza o começo.

(Starting Again – 2010)

Gente linda, esse ano completa 5 anos que comecei a escrever fanfics, então resolvi trazer trechos de algumas das minhas histórias já escritas, toda semana. Já deixo avisado que todas são do Justin Bieber (hehe sim). Espero que gostem!

Grande beijo,
Thai.